Aécio Já Admite Situação Difícil

Aécio Já Admite Situação Difícil

Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência da república, admite situação desconfortável no cenário eleitoral, diferente de a 30 dias atrás, com a morte do ex-governador Eduardo Campos, e a colocação da ex-senadora Marina Silva como cabeça de chapa do PSB na disputa presidencial. A afirmação foi feita em entrevista ao Jornal da Globo, na madrugada desta quinta-feira, após perguntado sobre a hipótese de seu partido não chegar ao segundo turno das eleições como tem acontecido nos 20 anos de disputa presidencial.

“Eu venho de uma terra (Minas Gerais) que ensina muito cedo que eleição e mineração o resultado só vem depois da apuração", disse o presidenciável, reconhecendo que apesar do atual cenário, em que perdeu a segunda colocação e aparece em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, está "extremamente confiante" no projeto de sua coligação para transformar o Brasil. "Porque é exequível", complementou.

"A verdade é que temos (agora) uma segunda eleição, infelizmente com a tragédia que abateu (Eduardo Campos) o quadro mudou, sou o primeiro a reconhecer isso, mas continuo acreditando nas mesmas coisas que eu acreditava lá atrás, que é preciso ter um governo com qualidade, responsabilidade e com coragem para tomar as decisões certas", disse o candidato, demonstrando sua convicção de que vai disputar o segundo turno.

Em relação à candidata Marina Silva, Aécio cobrou da mesma a clareza e detalhamento de suas propostas. "Eu tenho dúvidas quanto à consistência das propostas de Marina, e da capacidade que ela terá de  implementar, no prazo que se propõe, o conjunto de  bondades que apresenta à sociedade brasileira." E destacou que as propostas de Marina são inexequíveis, pois representam um aumento de gastos de R$ 150 bilhões ao ano, ou 3% do PIB. "Só tem uma forma de fazer isso, aumentar a carga tributária, o que ela diz que não vai acontecer."

Em relação à candidata Dilma, Aécio disse que o Brasil vive hoje uma tremenda frustração porque comprou um "bilhete falsificado de loteria, (acreditando em ) uma grande gestora que colocaria o Brasil em ordem, controlaria a inflação e faria o País voltar a crescer, e isso não aconteceu. E por isso ela perderá a eleição."

O Ibope divulgou uma nova rodada de pesquisas, mostrado a difícil situação sua candidatura com queda e a acessão de suas principais adversárias, ou seja: Dilma subiu de 34% para 37%, Marina de 29% para 33% e Aécio caiu de 19% para 15%.


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